sábado, 15 de outubro de 2016

Horário de verão entra em vigor neste domingo

Começa à meia-noite deste domingo (16) o horário de verão brasileiro, quando os relógios devem ser adiantados em uma hora. Serão afetados moradores de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal. 

O objetivo da medida é proporcionar economia de energia para o país, já que com maior aproveitamento da luminosidade natural, haverá menor consumo no horário de pico (compreendido entre as 18h e 21h). 

Segundo o Ministério das Minas e Energias, cerca de R$ 147,5 milhões deixarão de ser gastos com a não-utilização de energia de usinas termelétricas na garantia do abastecimento do país nestes horários.

MESMO QUE NADA: Gasolina deve cair menos que R$ 0,05 estimados pela Petrobras


O preço da gasolina deve cair R$ 0,03 para o consumidor, e não os R$ 0,05 estimados pela Petrobras, pelo cálculo do Sincopetro (sindicato dos postos de combustíveis de São Paulo). O presidente da entidade, José Alberto Gouveia, atribui a diferença à alta recente nos preços do álcool, que sobem devido à aproximação da entressafra da cana-de-açúcar. 

A gasolina tipo C, vendida no posto de combustível, tem 27% do biocombustível na mistura. "O que a Petrobras esqueceu é que o etanol subiu por causa da entressafra", disse José Alberto Gouveia, presidente do Sincopetro. Segundo o Cepea/Esalq, que pesquisa preços agrícolas, o etanol está em alta desde julho —foram R$ 0,05 só na última semana. 

O repasse recente, de acordo com Gouveia, foi de R$ 0,04. Elizabeth Farina, presidente da Unica (entidade da indústria da cana-de-açúcar), defende que o etanol sempre vai ter impacto sobre o preço da gasolina, mesmo que ele não suba, justamente porque ele é parte do produto que chega ao consumidor. E diz que a Petrobras não tem como controlar o repasse da redução da gasolina em toda a cadeia de distribuição. "É complicado antecipar o desconto para o consumidor, porque que pode frustrá-lo muito", diz Farina. "Se o preço do anidro [variedade misturada à gasolina] subir, tem mais um componente de mudança no preço. 

Mas se na semana que vem o preço não cair, não se pode colocar a culpa no etanol", defende a presidente da Unica. Para o presidente da consultoria do setor de açúcar e etanol Datagro, Plinio Nastari, os preços do etanol já subiram para acompanhar a escassez do combustível nos próximos meses e o biocombustível não deve ser o responsável pela queda menor que a projetada no preço da gasolina. 

"Se a estimativa da Petrobras vai chegar ao consumidor, vai depender da cadeia de distribuição", diz Nastari. Para ele, a competição entre os postos deverá garantir o desconto na bomba. Quando reduz o preço do combustível, a Petrobras faz o corte na refinaria. Até chegar ao consumidor, o produto passa pelas distribuidoras e pelos postos. 

"Na hora que muda na refinaria, ainda tem produto armazenado. Historicamente leva de quatro a seis semanas para o preço cair", afirma Nastari.

Açude Orós chega ao seu nível mais baixo e poderá vir a secar


O Açude Orós, o segundo maior do Estado, está com o seu de nível mais baixo de armazenamento de água desde 2004, de acordo com os registros da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). O reservatório vem sendo utilizado para suprir parte da demanda hídrica do Castanhão, a fim de abastecer Fortaleza e a Região Metropolitana. 

Os 153 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), cuja capacidade total são 18,64 bilhões m³, apresentam volume atual de 1,58 bilhão m³ (8,45%). No ano de 2016 foi registrado um aporte total de 738,13 milhões m³. Atualmente, a reserva do Orós é de 383,53 milhões de metros cúbicos, enquanto que a capacidade total é de 1,940 bilhão m³, atingido pela última vez em 2004. 

Mesmo com a queda no volume, começou em setembro a operação de liberação de água com maior volume do Açude para o Rio Jaguaribe até o Castanhão e daí para a Capital e os municípios adjacentes da RMF. O reservatório já foi utilizado no passado como reserva estratégica para o abastecimento da Capital e RMF. Em 1993, o então governador Ciro Gomes construiu o Canal do Trabalhador que captou água do Orós no Rio Jaguaribe evitar o colapso de água. 

Com o agravamento da seca, as reservas hídricas chegaram, de um modo geral, a um estado crítico a ponto do governador Camilo Santana reunir a bancada federal no Palácio do Abolição, na semana passada, a fim de sensibilizar o poder público e, especialmente, o presidente Michel Temer, para encontrarem meios para a conclusão das obras de transposição do Rio São Francisco. 

No momento, os serviços estão parados, em decorrência do abandono dos trabalhos pela construtora responsável Mendes Júnior. Com isso, o cronograma de que as águas chegariam ao Ceará até o fim deste ano ou começo de 2017 já está comprometido. Para o secretário de Relações Institucionais, Nelson Martins, além do fato das obras de Transposição voltarem a ter continuidade, uma vez que está interrompida no trecho Norte, no território pernambucano, há uma urgente necessidade de também agilizar e até intensificar as atividades de consecução do Cinturão das Águas. 

A principal pendência é para que haja um aumento do aporte de recursos no orçamento para 2017, que possa garantir cerca de R$ 30 milhões por mês para a manutenção dos serviços. A intenção do governo federal é disponibilizar um montante de R$ 210 milhões para o próximo ano. Já o governo do Estado pleiteia um acréscimo de R$ 150 milhões, o que garantiria o custeio mensal necessário. "Estamos vivendo um momento de muita apreensão em que todas as alternativas de enfrentamento da seca estão sendo avaliadas", disse martins.

O volume de água das bacias está distribuído: Litoral (33,12%), Alto Jaguaribe (18,01%), Coreaú (32,23%), Metropolitanas (13,62%), Serra da Ibiapaba (16,95%), Médio Jaguaribe (5,58%), Salgado (11,19%), Acaraú (8,20%), Banabuiú (2,16%), Sertões de Crateús (2,19%), Curu (1,94%) e Baixo Jaguaribe (0,00%).