O juiz federal Sergio Moro estendeu a prisão de cinco executivos de empreiteiras e do ex-diretor da Petrobras Renato Duque para 30 dias. Eles tiveram a prisão temporária – de cinco dias, feita para instruir a ação penal– convertida em prisão preventiva.
Com duração de 30 dias prorrogáveis por mais 30, a prisão preventiva é aplicada quando o juiz considera que há possibilidades de o réu continuar a praticar crimes, interferir no processo, ameaçar testemunhas ou deixar o país – todos essas razões foram citadas no pedido dos procuradores e aceitas pelo juiz.
Tiveram a prisão prorrogada dois integrantes da cúpula da Camargo Corrêa: João Auler, presidente do conselho, e Dalton Avancini, presidente da empreiteira.
José Aldemário Pinheiro Filho e Mateus Coutinho de Sá Oliveira, respectivamente presidente e diretor financeiro da OAS, também vão ficar presos por 30 dias, a princípio. O juiz estendeu também o período de prisão de Ricardo Pessoa, presidente do grupo UTC/Constran.
Na decisão, o juiz afirma que o presidente da OAS “seria o principal responsável pelos crimes no âmbito do grupo empresarial, sendo citado por todos os colaborares”. Colaboradores são aqueles que fizeram acordo de delação premiada.
O Ministério Público Federal havia pedido a conversão de prisão temporária em preventiva para dez réus, mas o juiz negou em quatro dos casos. Três executivos foram proibidos de deixar o país, e um agente federal que o doleiro Alberto Youssef usava para transportar dólares foi punido com a perda da função pública.
A defesa de Renato Duque afirma que a decisão do juiz é injusta, já que “ele não é acusado de nenhum crime”. A defesa do ex-diretor da Petrobras diz que ingressará nesta quarta (19) com pedido para libertá-lo.
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