O Ministério da Defesa promete revelar, em junho, documentos
secretos de uma das maiores operações militares envolvendo objetos
voadores não identificados no Brasil.
A Operação Prato, de 1977, que
levou a Força Aérea Brasileira (FAB) para verificar ocorrências
extraordinárias no Pará, produziu um grande volume de material, em
relatos, fotografias e vídeos, grande parte secreta até hoje.
A decisão
foi tomada após reunião com membros da Comissão Brasileira de Ufólogos
(CBU) e representantes das Forças Armadas, no dia 18 de abril.
Documentos
O
Brasil é um dos pioneiros na investigação de objetos voadores não
identificados. Oficialmente, de 1969 a 1972, a Força Aérea Brasileira
teve até um órgão dedicado a esse propósito. Desde a regulamentação da
Lei de Acesso à Informação (LAI), alguns documentos da Força Aérea, que
relatam eventos de 1950 até 2010, foram liberados. Mas os ufólogos
afirmam que grande parte do material produzido nessa busca por óvnis
ainda não veio a público. Por isso, eles principiaram, em 2004, uma
campanha chamada “UFOs: Liberdade de Informação Já”, com o objetivo de
pedir ao governo a liberação desses arquivos.
Os ufólogos
acreditam que haja milhares e milhares de documentos sobre o assunto em
posse da Marinha e do Exército. “Da Marinha, existe o caso da Corveta
Mearim, de UFOs que perseguiram embarcações brasileiras da Marinha e
deixaram seus equipamentos inutilizáveis, alguns por um determinado
período. E o caso Ilha da Trindade, de 1958, sobre um óvni que teria
sido visto pela tripulação de uma embarcação da Marinha”, explica Ademar
Gevaerd, jornalista e editor da revista UFO.
Já do
Exército, os ufólogos esperam documentos oficiais sobre o Caso Varginha,
de 1996, que teve repercussão nacional. Segundo Gevaerd, esse caso teve
uma investigação secreta e contou com envolvimento dos militares.
“Esses documentos o exército nunca entregou, e eles existem. Nós
entrevistamos militares que descrevem detalhes da captura dos dois seres
e de restos da nave espacial. Temos o áudio dessas entrevistas,
inclusive. Não vamos revelar nomes, mas nós temos esse registro”,
afirma.